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História da Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina possui esse nome por ser marcada historicamente por quase dois séculos do garimpo de Diamantes na região. Ela está no centro geográfico do Estado da Bahia, onde ocorre a formação do Rio Paraguaçu, assim como o Rio de Contas e Jacuípe. Os dois primeiros desaguam no Oceano Atlântico. Inicialmente foi habitada pelos índios “Maracás” e o restante da sua ocupação girou em torno da extração de jazidas e minérios, início do século XVIII. Nesse período foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas.

No ano de 1844/1845 foram encontrados os primeiros diamantes em Santa Isabel do Paraguassú (Mucugê). Assim foi-se colonizando as diversas serras que circundam a Chapada Diamantina. Seguindo rios e córregos, em (Lençóis, Andaraí, Sincorá) e seus entornos, aconteciam as descobertas. Em 1870 a exploração de diamantes tem seu fim, começando a “Era dos Coronéis”, sendo o Coronel Horácio de Mattos um dos principais. O colapso financeiro para muitos senhores, devido a fatores externos como descoberta das minas do Transvaal na África do Sul (1865) e a guerra Franco-Prussiana, levando ao abandono do garimpo e do comércio.

Outros fatores que contribuíram para o fim da exploração foi a escassez superficial das gemas de diamantes, as técnicas rudimentares (que não permitiam que explorassem diamantes mais profundos) e o baixo preço do produto no Mercado Internacional. As descobertas das minas do Cabo na África do Sul, empurraram para baixo os preços, causando fraqueza e falência da economia local, assentada direta ou indiretamente na mineração.”

Entre 1980 e 1996 a economia foi reaquecida com a extração mecanizada de diamantes, porém essa atividade foi proibida com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina (decretado em 1985, com sede em Palmeiras), que é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).  Como uma virada econômica da região, surge o ECOTURISMO E O TURISMO DE AVENTURA como atividades de desenvolvimento sustentável!

O parque foi criado para proteção da biodiversidade, das paisagens da Serra do Sincorá, assim como a conservação das nascentes de rios como o Paraguaçu, que é responsável pelo abastecimento de 60% da população de Salvador. Em extensão territorial, o Parque Nacional Chapada Diamantina é um dos maiores do Brasil, com uma área de 152 mil hectares.

A população total estimada em 2014 era de 395.620 habitantes na região da Chapada Diamantina, sendo Seabra, Morro do Chapéu e Iraquara as três cidades mais populosas, segundo dados do IBGE.

GASTRONOMIA

Feijão de corda, carne de bode, godó de banana, cortado de palma, batata da serra e outros. O famoso acarajé e beiju são algumas das delícias imperdíveis para quem está de passagem por Lençóis.

ARTESANATO

 A matéria-prima principal utilizada nas famosas “lembrancinhas” são o couro e a pedra. Um dos principais ícones é a bruaca, usada pelos burros que acompanhavam as tropas e cortavam o sertão no período do garimpo.

VEGETAÇÃO

As paisagens são do Bioma da Caatinga e apresentam características da Mata Atlântica e do Cerrado. A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semiárida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas, sempre-vivas e trepadeiras.

ANIMAIS

A variedade de animais também é imensa, principalmente as aves, que são mais de 250 espécies. O beija-flor-gravatinha-vermelha é endêmico na Chapada Diamantina e habita áreas superiores a 1.000 metros de altitude. Nas matas chapadenses também vivem o tamanduá bandeira, o macaco prego, a jaguatirica, periquitos, papagaios, capivaras e pequenos lagartos. A Chapada abriga desde os pequenos roedores conhecidos como mocós até exemplares de grandes mamíferos ameaçados de extinção, como a onça-pintada e a suçuarana.

Geologia

As rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica conhecida como Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer na serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As montanhas mais altas do Nordeste brasileiro estão na Chapada Diamantina: o Pico do Barbado com 2.033 metros, o Pico do Itobira com 1.970 metros e o Pico das Almas com 1.958 metros. 

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